A palavra vocação vem do verbo latino “vocare” que significa chamar, que se traduz num apelo, convite, que no âmbito religioso, parte de Deus para nós, como um dom, eleição e graça. Entende-se então, que a vocação expressa uma escolha divina, que vai além do que os parâmetros humanos poderiam explicar, visto que na história da salvação, observamos o chamado de várias pessoas, que somente a partir da ótica de Deus, encontramos a razão desta eleição, pois certamente nós não as escolheríamos.
Neste tratado de amor, que é a vocação, é necessário compreender que todo processo vocacional é uma via de mão dupla, ou seja, o chamado é divino, mas a resposta é humana, e Deus não violenta ninguém, a resposta deve ser sempre livre e desinteressada, um retorno amoroso de quem foi “amado por primeiro” (1Jo 4,19).
Mas como, e onde responder o chamado de Deus?
Já algum tempo, fala-se que a Igreja vive uma primavera em relação às vocações, pois há uma variedade expressiva de chamados. Desde as vocações leigas, as religiosas até as sacerdotais, são diversas as formas de dizer sim a Deus, que como as flores de um jardim, tem perfume e aparência diversos, mas todas contribuem com uma beleza que inspira quem as contempla.
Com toda essa diversidade de formas para responder o “segue-me” de Jesus, é de extrema importância fazer um discernimento acertado, distinguir com clareza o chamado individual que o Senhor tem, processo esse que deve ser submetido à Igreja e aos seus superiores ordinários, pois aqueles que foram chamados antes de nós, poderão certamente, nos ajudar a responder ao Senhor de forma madura, consciente e coerente.
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