Celebramos hoje, 31 de julho, Santo Inácio de Loyola. Nascido em 1491, na Espanha, Inácio foi o mais novo de uma nobre família numerosa de treze filhos. Em sua juventude, levou uma vida conflituosa, leviana, regada a farras com amigos e prostitutas. Entretanto, seu foco nos prazeres da carne, teve fim quando Inácio, por causa da sua irresponsável obstinação em lutar, foi ferido gravemente na batalha de Pamplona, por uma bala de canhão que lhe quebrou uma perna e feriu a outra.

Com a honra de cavalheiro tão quebrada quanto os ossos das pernas, Inácio retornou para casa, onde permaneceu por um longo período de enfermidades e tentativas de eliminar a deformidade nas pernas. Contudo, Deus em seus propósitos queria tirar a deformidade da alma de Inácio e lhe atraiu para os livros. De repouso, Inácio pode ler algumas obras importantes sobre a Vida de Cristo e dos santos, que provocaram nele a seguinte reflexão: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos fez isso, pois eu tenho também de o fazer”.

Inspirados com os exemplos de heroísmo pela fé, após recuperar-se, Inácio doou suas roupas elegantes e passou a vestir-se com tecido de saco, pendurou a espada que tanto foi às batalhas diante uma imagem de Nossa Senhora de Monserrat, e abraçou outra guerra, a de ser um soldado de Cristo. Assumiu uma vida casta, penitencial e mendicante, sempre fiel à missa diária, oração da Liturgia das Horas, e a visita aos doentes. Homem de oração, Inácio teve várias experiências espirituais, que o sustentaram nos momentos de desânimo e angústia. Nestas reflexões, escreveu os conhecidos Exercícios Espirituais, que são um trampolim para grandes conversões.

Diante da necessidade da evangelização, decidiu estudar e ao começar a pregar, conquistou ouvintes, seguidores e também perseguidores onde passara, tanto que ele foi preso por causa da sua pregação, em Toledo, Salamanca e Roma, e assim sofreu até o reconhecimento de sua obra e fundação, a Companhia de Jesus, em 1539.

Com um apostolado eficiente, deixou não só para os filhos da Companhia de Jesus, mas para toda a Igreja um testemunho de desprendimento dos bens materiais, radicalidade na vivência dos mandamentos da lei de Deus, obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos. Tudo, como dizia seu lema, “pela maior glória de Deus”. Morreu em Roma em 31 de julho de 1556 e foi canonizado a 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV. Só na sua bula de canonização são mencionados duzentos milagres por sua intercessão.

Neste dia, peçamos a intercessão de Santo Inácio de Loyola, para que nós também, pautemos nossa vida segundo o exemplo dos santos e não na conveniência da carne e das modas atuais. Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!