Segundo o dicionário, a palavra ‘tesouro’ pode significar um conjunto de riquezas ou o lugar onde as riquezas ficam armazenadas. Dizer que a Eucaristia é nosso tesouro significa que o Corpo de Jesus no véu do sacramento é a riqueza da Igreja, mas também armazena todas as demais riquezas, e para tanto, o Catecismo da Igreja Católica afirma que é “fonte e cume de toda a vida cristã”, e todos os demais “sacramentos, os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado são e estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam”. Dessa forma, “na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (CIC § 1324).
“Fazei isto em memória de Mim” (1 Cor 11, 24-25). Com esse mandato de Nosso Senhor, a Eucaristia foi instituída na última ceia “para perpetuar pelo decorrer dos séculos, o sacrifício da cruz”, e por isso é chamada de o “Memorial da Paixão”. Por tudo isso, podemos dizer que a Eucaristia é a comunhão de Deus com seu povo, é a nossa aliança com Ele, a forma mais concreta de sermos íntimos à Ele e sermos gratos pois Ele Se entregou “para a vida do mundo” (Jo 6, 51).
Diante deste tesouro insondável, cabe-nos recordar que o culto de adoração à Eucaristia é prestado não só “durante a missa, mas também fora da sua celebração”, e para tanto nos é necessário buscar o Senhor no sacrário e também nas procissões para que também estejamos com Ele.
Agora te pergunto, se alguém te dissesse que você herdou um tesouro, o que você faria? Certamente buscaria formas para resgatá-lo. Então, faça o mesmo com a Eucaristia, se empenhe em estar com o Senhor, não meça esforços, pois Ele está vivo no Sacramento da Eucaristia, desejoso que O encontremos para estreitar a amizade que nos antecipa o céu.
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